A chegada do inverno tem data e hora definidas: no hemisfério sul, a mais gelada das quatro estações começa às 20h09min do dia 20 de junho. Mas em 2011 o inverno começou no dia 21 de junho. O meteorologista da RBS Leandro Puchalski explica o motivo dessa diferença e projeta como será a nova estação.
— A data e horário vem do movimento de translação da Terra em torno do sol. Como o eixo da Terra tem uma inclinação, isso faz com que a orientação dela em relação ao sol tenha uma mudança contínua. Portanto, a altura do sol, ângulo de elevação acima do horizonte, varia no decorrer do ano. Agora no inverno essa altura é menor fazendo com que os raios solares fiquem mais espalhados, chegando até nós com menor energia e radiação solar. Os dias ficam mais curtos. Todas estas mudanças fazem com que as condições do tempo comecem a mudar, trazendo o clima da estação — explicou Puchalski.
Em 2012, o inverno não deve ter atuação de fenômenos como El Niño e La Niña. Significa que transcorrerá dentro do padrão. Com a presença das massas de ar frio de origem polar, os termômetros irão registrar marcas abaixo de 0°C.
— Mas tudo dentro do normal. Claro que teremos os períodos de extremos, principalmente em julho, que é um mês de temperaturas mais baixas para o Sul do país. Com isso teremos as temperaturas negativas e não descartamos a chance de neve. Inclusive estamos esperando que o fenômeno aconteça — explicou o meteorologista Clóvis Corrêa, da Epagri, órgão que monitora o clima em SC.
Sobre as características do inverno, Leandro Puchalski faz um alerta.
— Podemos ter a presença de ciclones extratropicais, próximo ao Litoral, que oferecem perigo às embarcações por causa dos ventos fortes e do mar agitado com ressaca. Além da presença da geada e da neve. Essa não é a previsão propriamente dita, mas algumas características marcantes que sabemos que o inverno de Santa Catarina tem.
Os volumes de chuva irão depender da influência das frentes frias, que podem passar por Santa Catarina com mais ou menos intensidade, conforme a ação dos ventos. Em julho, as regiões da Serra e Meio-Oeste deverão ter os maior volumes. Agosto deve ser o mês mais seco e setembro o mais chuvoso.
— Isso ocorre porque começa neste mês a maior influência de áreas de instabilidade que se formam na Argentina e Paraguai avançando primeiramente para o Oeste. O tipo de nuvem que se forma em uma condição destas é favorável a maiores volumes de chuva — disse Puchalski.
Nesta quarta-feira, às 9h30min, internautas poderão tirar suas dúvidas sobre o inverno em um bate-bato com o meteorologista Leandro Puchalski.
Fonte: A Notícia
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