Os proprietários de casas lotéricas realizaram nesta quarta-feira uma reunião em Brasília para discutir problemas no sistema da Caixa Econômica Federal (CEF). No encontro, os representantes de 30 sindicatos decidiram elaborar um documento que será entregue à direção da Caixa com as reivindicações da categoria. Os lotéricos pedem solução para os problemas registrados no sistema: lentidão ou inoperância.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Lotéricos, Correspondentes Bancários, Comissários e Consignatários do Rio Grande do Sul (Sincoergs), Paulo Leonel Michielon, as falhas ocorrem pelo menos três meses em todo o País. “Os clientes culpam as lotéricas e pedem a contratação de mais funcionários. Na realidade, o problema é da Caixa que não explica o que está acontecendo”, lamentou.
Segundo Michielon, as lotéricas são responsáveis por 58% do movimento bancário do País. “Não pode ter queda no sistema quando grande parte da população procura os nossos serviços”, acrescentou. Atualmente, as 12 mil casas lotéricas espalhadas pelo Brasil são responsáveis pelo pagamento de encargos do governo federal, como Bolsa Família, INSS e do seguro-desemprego. Além disso, realizam apostas de jogos e recebem faturas de água, luz e telefones. “Realizamos hoje um serviço bancário que não pode ter falhas”, destacou.
Lembrou que são milhares de pessoas atendidas todos os dias nos estabelecimentos. No Rio Grande do Sul, existem 807 casas lotéricas que empregam cerca de 4 mil pessoas. Em Porto Alegre, 148 estão em funcionamento. A Caixa atribui os problemas a uma falha nas linhas de comunicação que, por vezes, apresentam instabilidade.
Fonte: Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário