O Partido Republicano dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, durante sua Convenção Nacional em Tampa (Flórida), um programa de governo que prevê a conclusão do muro na fronteira com o México e a promoção de leis estaduais contra imigrantes, como as de Arizona e Alabama.
"O duplo muro na fronteira promulgado pelo Congresso em 2006 e jamais terminado deve ser finalmente concluído", destaca o documento de 62 páginas aprovado pelo partido.
A proposta, que será apresentada ao candidato republicano à presidência, Mitt Romney, também contempla posições conservadoras sobre aborto e casamento gay, dois dos temas que mais dividem a sociedade americana. Na plataforma aprovada pelos republicanos nesta terça-feira, fica proibido o aborto sob qualquer circunstância, assim como o casamento gay, além da reforma do programa de assistência médica para idosos Medicare.
Ainda sobre a imigração, o programa assinala que "os esforços estaduais para reduzir a entrada de estrangeiros devem ser alentados e não combatidos".
"As ações pendentes do departamento de Justiça contra Arizona, Alabama, Carolina do Sul e Utah devem ser suspensas imediatamente", destaca o documento.
Desde 2010, estes Estados têm aprovado leis que visam a criminalizar os imigrantes ilegais e todos que os ajudam.
O programa também nega "qualquer forma de anistia para os que violam intencionalmente a lei, em detrimento dos que a obedecem".
"A Lei da Imigração Legal" reconhece as "contribuições vitais" dos imigrantes legais no país, mas prometem combater a imigração ilegal por considerar que ela prejudica os EUA e sua força de trabalho.
O plano de governo aprovado nesta terça-feira defende ainda a "criação de procedimentos humanos para alentar os imigrantes ilegais a regressar voluntariamente a seus países, e a aplicação do peso da lei contra os que permanecem nos Estados Unidos com vistos" que não permitem a residência.
Horas antes da divulgação do documento, Carlos Gutiérrez, assessor para assuntos 'hispânicos' de Mitt Romney e ex-secretário de Comércio de George W. Bush, disse à AFP em Tampa que "a plataforma que vale é a plataforma de Romney, e ela não é igual à do partido".
Fonte: ZH
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