Já dura quase 30 horas o combate ao incêndio que atinge uma empresa desativada há mais de duas décadas, em um terreno no bairro Santa Cruz, em Gravataí, na região Metropolitana. O fogo começou por volta das 13h dessa quinta-feira no local onde funcionava uma empresa de tratamento de borracha. Na tarde desta sexta, o Corpo de Bombeiros começou a usar espuma para impedir o contato do fogo com o oxigênio e, assim, extinguir as chamas.
Os bombeiros chegaram a afirmar ainda na quinta-feira que as chamas haviam sido controladas. O incêndio, no entanto, persiste em função de o material que está queimando ser de fácil combustão, como borracha e óleo. Segundo o técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Diego Hoffmeister, é muito difícil conseguir apagar o fogo com água. Ele explicou que foi solicitado o apoio de empresas e da própria Fepam para que conseguissem outros materiais para conter o incêndio, entre eles, a espuma.
Uma nova análise no solo atingido vai ser feita por técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) após a extinção completa do incêndio. O proprietário da área vai ser multado pelo dano, principalmente à atmosfera da região. O valor ainda vai ser definido. A borracha depositada na propriedade era irregular, já que não há registro, na Fepam, para o armazenamento desse tipo de material, com potencial poluidor. Além de borracha, havia no local produtos químicos utilizados na confecção de óleo para asfaltamento.
Moradores reclamam do cheiro forte
Moradores das proximidades relataram receio com o incêndio. De acordo com o morador Jose Carlos Lopes, a preocupação é grande em função de a fumaça ser muito forte, além do odor desagradável. “Minha família passou a noite acordada com receio do que poderia ocorrer ou mesmo um avanço do incêndio”, explicou. A Polícia Civil deverá investigar as origens do incêndio. O proprietário do terreno não foi encontrado para falar sobre o ocorrido.
Fonte: Correio do Povo
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