Entre os seis reféns mantidos pelos criminosos que atacaram a agência do Banco do Brasil de Torres estava um casal abordado pelo bando no momento em que procuravam uma lancheria aberta no centro da cidade do Litoral Norte.
— Quando a gente chegou perto do banco, um homem encapuzado, com uma arma grande nas mãos, nos mandou estacionar o carro no meio da avenida e sair com as mãos para cima — conta o homem de 31 anos, que pediu para não ser identificado.
Fora do carro, ele e a mulher foram alertados pelos bandidos instantes antes da detonação:
— Agora a agência vai explodir!
Técnico em refrigeração, a vítima afirma jamais ter ouviu estrondo semelhante.
— Foi ensurdecedor — recorda.
Durante os cerca de 15 minutos em que ficaram em poder dos bandidos, ele e a mulher permaneceram com as mãos para cima, aterrorizados.
— Achei que eu ia morrer se houvesse troca de tiros com a polícia — detalha.
Nesta terça-feira, a mulher dele, ainda em estado de choque, não saiu de casa.
— Eu também estou traumatizado. Só saí porque preciso trabalhar — desabafa.
As imagens capturadas pelo sistema interno de vídeo do BB revelam criminosos frios ao agir. As câmeras da agência flagraram o momento em que dois homens encapuzados — um atarracado, com cerca de 1m65cm, e outro, esguio, medindo aproximadamente 1m80cm — usam um pé de cabra para quebrar uma porta de vidro e entrar na agência. Além da ferramenta, a dupla portava armas longas, uma mochila e uma bolsa carregada com bananas de dinamite.
— Dentro da agência, eles usaram o pé de cabra para fazer um buraco nos caixas eletrônicos. Em cada caixa, eles usaram uma banana de dinamite. Acionaram tudo e explodiram — detalha o delegado Celso Jaeger.
As imagens devem auxiliar a polícia na investigação.
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