Pelo menos 70% dos 100 funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Rio Grande do Sul aderiram à greve da categoria, deflagrada nesta segunda-feira e que deve seguir por tempo indeterminado. A estimativa é do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência (Sindisprev), que prospecta que os serviços nos portos, aeroportos e fronteiras sofreram prejuízos.
No Estado, conforme o presidente do Sindisprev, Paulo Sérgio Carvalho, com menor efetivo de funcionários, houve demora nas inspeções de medicamentos, alimentos e insumos para a saúde no interior de bagagens, ocasionando atrasos de voos no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Além disso, houve restrição na emissão do certificado internacional de febre amarela. Já nos portos, os trabalhadores realizaram piquetes em Uruguaiana, São Borja e em Rio Grande.
“Mantivemos os 30% de trabalhadores, mas a categoria repudia a decisão do governo federal em autorizar que clínicas particulares emitam certificados de vacinação para as pessoas que saírem do País. Esta atribuição é exclusividade da Anvisa”, argumentou Carvalho. Com a greve, a demora na inspeção de produtos poderá chegar a 30 dias.
Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), durante a manhã de hoje, dos 49 voos programados no Salgado Filho, 6,1% atrasaram. No Brasil, cerca de 2,4 mil trabalhadores devem aderir à paralisação, proporcional a 90% dos servidores. A categoria reivindica recomposição salarial de 22,08%, plano de carreira, reabertura e reestruturação de postos fechados por falta de pessoal e concurso público. No País, onde 90% dos servidores da Anvisa estão aptos à aposentadoria, o déficit chega a 5 mil trabalhadores.
Fonte: Correio do Povo
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