O Rio Grande do Sul figura como o terceiro no Brasil com maior índice de acidentes de trabalho no estudo Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um Olhar sobre as Unidades da Federação, divulgado nesta quinta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Conforme a pesquisa, em 2010 o Estado registrou 24,6 ocorrências para cada mil vínculos. Antes está Alagoas, com 30,2, e Santa Catarina, com 26,3. A média nacional é de 19,1.
O número de óbitos decorrentes de acidentes também aumentou no Rio Grande do Sul, além de Rondônia, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Goiás. Em 16 das 27 capitais, houve redução dos óbitos. No País, a diminuição foi de 3,7%, ao passar de 2.817 para 2.712, de 2008 a 2010.
Conforme o estudo, o Estado foi o segundo a conceder mais autorizações judiciais para o trabalho de crianças e adolescentes abaixo da idade mínima para admissão, atrás apenas de São Paulo. No País, entre 2005 e 2009, foram fornecidas 27.752 autorizacoes para menores de 16 anos, das quais 1.098 para menores de 14.
Por outro lado, um dado positivo foi o aumento da contribuição previdenciária de empregadas domésticas. No quesito, o Rio Grande do Sul está atrás de Santa Catarina e São Paulo. No Brasil, a contribuição cresceu em 22 das 27 unidades. A taxa passou de 29% para 32,3%, mais elevada que o correspondente a quem tem carteira de trabalho assinada, pois há contribuicões autônomas, como de diaristas, por exemplo.
O País possui 6,9 milhões de trabalhadores domésticos entre 16 e 64 anos, dos quais cerca de 93% são mulheres, o correspondente a 6,4 milhões. Desse total, 61,9% são negras, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Correio do Povo
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