O fantasma da interdição voltou a rondar o Beira-Rio.
Depois de passar 10 dias fechado em junho, quando uma liminar apontou risco aos torcedores, o estádio enfrentará uma nova avaliação da Justiça. O Ministério Público (MP), que pede a interdição total do Beira-Rio, negou nesta quinta-feira interesse em uma conciliação com o Inter.
— Na petição que encaminhamos ao Judiciário, pedimos o julgamento antecipado do processo. Não há como buscar uma conciliação. A questão é muito clara: o Beira-Rio oferece riscos evidentes — afirma o promotor Fábio Sbardellotto.
Sbardellotto se refere ao julgamento do processo em si, que ainda não ocorreu. Afinal, as decisões anteriores da Justiça foram apenas liminares. No dia 22 de junho, o juiz João Ricardo dos Santos Costa acatou o pedido do MP e, liminarmente, determinou a interdição total do estádio.
Dez dias depois, ao analisar um recurso do Inter, a desembargadora Mylene Maria Michel decidiu manter fechado apenas o anel inferior das arquibancadas — o acesso ao anel superior, também de forma liminar, foi liberado para o público.
Segundo a juíza Laura de Borba Maciel Fleck, atual responsável pelo processo na 16ª Vara Cível de Porto Alegre, não há previsão para o julgamento. Vai depender, entre outras coisas, de novas provas que o Inter queira anexar ao processo. O advogado do clube, Mauro Glashester, diz que ainda não recebeu qualquer intimação da Justiça. E contesta a nova tentativa do MP de fechar o Beira-Rio.
— Os jogos estão acontecendo normalmente, sem problema nenhum. Não tem absolutamente nenhum risco à segurança de ninguém — afirma Glashester.
Fonte: Pioneiro
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