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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Médicos elaboram documento para cobrar do governo federal mais atenção ao Sul do país no combate à gripe A

     Mais vacinas para os Estados do Sul, antecipação da campanha de vacinação e reforço das medidas de prevenção e tratamento junto à população. Esses três pontos resumem o documento que está sendo elaborado conjuntamente pelos Conselhos Regionais de Medicina de Rio Grande do Sul (Cremers), Santa Catarina e Paraná para ser entregue ao Ministério da Saúde. O objetivo é chamar a atenção do governo federal para a necessidade de reforçar o combate à gripe A no Sul do país em 2013, já que a região concentra 80% dos casos da doença registrados em 2012.
     Para este inverno, o que ainda poderia ser feito, de acordo com as propostas elencadas pelos integrantes das Câmaras Técnicas de Emergência, Infectologia e Pediatria do Cremers, é criar unidades de atendimentos específicas para pacientes com síndromes gripais, como foi feito em 2009, diante da epidemia da gripe A.
— A demora no atendimento, até pela já conhecida superlotação de nossas emergências, vai contra a recomendação das autoridades de que o antiviral seja administrado nas primeiras 48 horas da manifestação dos sintomas — comenta o presidente do Cremers, Rogério de Aguiar.
     Aguiar lembra que, em 2009, as unidades de saúde se organizaram para agilizar o atendimento em casos de suspeita de gripe A, montando tendas específicas para isso no entorno dos grandes hospitais. Para o médico, medidas assim ajudariam a reduzir o número de infecções e mortes, até porque a lotação do ambiente hospitalar aumenta a exposição ao vírus, contrariando a orientação para que se evite aglomerações.
Vacinação deve ser ampliada e antecipada
     A principal demanda dos médicos para 2013 está relacionada à vacinação contra a gripe na Região Sul. Os médicos destacam que a vacina é a única medida segura de proteção contra o vírus H1N1 e deve ser fortemente recomendada. O documento reforça que os três Estados do Sul do país devem ser priorizados na distribuição das doses e a campanha de imunização deve começar mais cedo.
— Temos mais de 80% dos casos de H1N1 na Região Sul, até pela intensidade do nosso clima, precisamos de um tratamento diferenciado no combate à gripe — destaca o presidente do Cremers.
     Idealmente, a vacinação deveria ser estendida a toda a população nessa região, mas os médicos consideram adequada a política de imunização prioritária nos grupos suscetíveis, havendo limites na disponibilidade de doses.
     A data de entrega do documento ao governo federal está indefinida, pois o texto ainda será finalizado em conjunto com os demais conselhos.
Mais forte
     O documento do Cremers aponta para a predominância de mortes causadas por H1N1 em comparação com a gripe comum, numa proporção de 15% de mortes sobre o total de casos de H1N1 contra 5% de mortes sobre o total de casos associados a outros vírus. Os médicos fazem ressalva aos "possíveis vieses na metodologia para medir a incidência". Por outro lado, não há evidência científica de que a gripe A esteja mais letal em relação a ela mesma em anos anteriores.
Principais sintomas da gripe A:
- Tosse e espirros
- Fortes dores no corpo, na cabeça e na garganta
- Febre alta,acima de 38°C
- Pode haver náuseas, vômitos e diarreia
- Falta de ar
Para prevenir a contaminação, é aconselhado:
- Higienizar as mãos com frequência, principalmente após tossir ou espirrar
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
- Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal
- Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social
- Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração 
- Ventilar os ambientes

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