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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Greve de servidores preocupa Justiça Eleitoral

     Às vésperas do término do prazo para registro de candidaturas para os políticos que disputarão as eleições deste ano, uma greve de servidores entrou para o rol das preocupações da Justiça Eleitoral.
     Para conseguir aumento salarial, parte dos funcionários aderiu a paralisação que teve início nesta quarta-feira e deve continuar na quinta, último dia para o pedido de registro.
     Para acompanhar a situação e evitar que os processos fiquem comprometidos, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, está em constante contato com os tribunais regionais eleitorais (TREs) dos 27 Estados. De todos os tribunais, o que mais preocupa a Justiça Eleitoral é o TRE de Goiás. Lá houve uma adesão maior à paralisação.
     Nesta quarta, o movimento nos TREs para registros de candidaturas não foi muito grande e, portanto, não ocorreram problemas. Mas na quinta a situação deve ser diferente. Tradicionalmente os políticos optam por registrar suas candidaturas no último dia.
     Para fazer um registro de candidatura, o político tem de preencher um formulário e protocolá-lo no TRE. Diante da paralisação de funcionários anunciada para esta semana, a maioria dos tribunais do País tomou providência para evitar que ocorresse um caos no processo de registros de candidaturas.
     Na terça-feira, Cármen Lúcia esteve reunida com os presidentes dos TREs para falar sobre o assunto. Ela estava preocupada com o fato de a paralisação anunciada pelos servidores coincidir com o fim do prazo para registro das candidaturas.
— É uma preocupação porque eu entendo legítimo o pleito dos servidores de que haja o reajuste cumprindo a Constituição. Mas muito mais do que isso, a maior legitimidade que se tem na democracia é a do cidadão brasileiro ter todos os órgãos, antes das eleições, atuando na sua plena capacidade, especialmente em dias como este dia 5, que será dia de recebimento de pedido de registro. É da maior importância, portanto, que a gente consiga tornar efetivo este pedido (de registro). Portanto, qualquer paralisação que coloque em risco esse cumprimento do calendário eleitoral é grave — disse a ministra na ocasião.
Fonte: ZH

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