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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Em "uma noite de tevê, vodka e risadas", morria, aos 27 anos, Amy Winehouse



 
     Vencedora de quatro Grammy em 2007, Amy Winehouse morreu há um ano, em sua casa, no Sul de Londres, no que seu segurança definiu como "uma noite de televisão, vodka e risadas". Um dia light, comparado aos escândalos que envolviam o uso de crack e outras drogas pesadas. Mas, para alguns, quase tudo é perdoado. São como personagens da ficção, mas reais demais para serem inventados. Como Cazuza e Tim Maia, que viveram suas dores escancaradas. Personagens como Amy Winehouse.
     Cantando suas perdas e afirmando - talvez sem convicção - que suas lágrimas secariam sozinhas, a cantora inglesa conquistou o mundo com as músicas do álbum Back to Black. Numa época em que vampiros castos inspiram adolescentes a se casarem virgens, Amy escancarou sexo, drogas, desamor e sofrimento em letras verborrágicas e depressivas, embaladas ao som de rhythm and blues, jazz e soul.
     Inspirada no visual das divas das décadas de 1950 e 1960, Amy ganhou a admiração de estilistas como Jean-Paul Gaultier. Vestida de pin-up, escrevia letras nas quais se confessava devastada, chorando no chão da cozinha e dizendo: "Você sabe que eu não presto". Apesar da atitude de bad girl, implorava por amor. Mas a autodepreciação passou a fazer parte da vida da artista. No Festival de Glastonbury, na Inglaterra, ameaçou bater em uma fã. Cambaleou e murmurou coisas sem sentido em um show para 20 mil pessoas em Belgrado, na Sérvia.
     Os momentos extremos levaram embora a saúde. Amy tornou-se uma caricatura de si mesma, vagando entre a reabilitação e os palcos do mundo. No Brasil, uma de suas exigências foi ficar hospedada em um único hotel, para tentar se sentir em casa. Em Florianópolis, no dia 8 de janeiro do ano passado, foi apresentada a uma única pessoa, Rafael Brogni, o Anjinho, gerente do complexo Music Park, a quem disse "obrigada por produzir o show", e ouviu "tenha uma boa apresentação".
     Ela passou a fazer parte do grupo das exceções, como Elvis Presley e Michael Jackson, sucessos de vendas mesmo depois de mortos. Seu álbum póstumo, Lioness: Hidden Treasures, vendeu 200 mil cópias logo na primeira semana depois do lançamento. Back to Black segue entre os mais vendidos. E Amy Winehouse continua uma personagem real.
Fonte: A Notícia

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