Na noite de segunda-feira, aos 91 anos, morreu o cardeal D. Eugênio de Araújo Sales, segundo veiculado pelo site da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Arcebispo emérito, D. Eugênio morreu em casa, no Rio de Janeiro, por volta das 23h30min.
O mais antigo cardeal da Igreja Católica, segundo a arquidiocese carioca, D. Eugênio faria 69 anos de sacerdócio, sendo 43 somente de cardinalato.
O arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro, cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, morreu no final da noite de ontem em sua casa, no Rio de Janeiro.
Sales ficou conhecido por abrigar milhares de perseguidos políticos no período da ditadura militar no Cone Sul.
Biografia
Nascido no município de Acari (RN), em 8 de novembro de 1920, Dom Eugênio foi nomeado arcebispo da arquidiocese fluminense pelo papa Paulo VI em 1971 e ocupou o cargo por 30 anos.
Sales recebeu a ordenação como sacerdote em 1943 por Dom Marcolino, na antiga Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, capital do Rio Grande do Norte. Em 1962, foi nomeado administrador apostólico de Natal, função que exerceu por dois anos. Já em 1968, recebeu o título de arcebispo de Salvador, na Bahia, pelo papa Paulo VI.
Em carta oficial enviada no dia 28 de março de 1969, o papa comunica a escolha de Dom Eugênio para o Colégio Cardinalício. Durante o Consistório, ocorrido entre o final de abril e início de maio do mesmo ano, torna-se cardeal.
Segundo a arquidiocese, dom Eugênio morreu na residência Assunção, sua casa, no Sumaré, de causas naturais. O enterro está marcado para as 15h desta terça-feira, na catedral da cidade. O velório será no mesmo local, mas ainda não tem hora marcada.
Em 67 anos de vida dedicada à Igreja, o cardeal foi rotulado tanto como líder conservador quanto "bispo vermelho", por ter, no início do sacerdócio, ajudado a criar os primeiros sindicatos rurais no Rio Grande do Norte.
Um capítulo importante da vida de Dom Eugenio remonta à ditadura, quando atuou de maneira silenciosa, abrigando no Rio mais de 4 mil pessoas perseguidas pelos regimes militares do Cone Sul, entre 1976 e 1982, especialmente argentinos.
A história da participação sem alarde do arcebispo foi contada, 30 anos depois, pelos principais meios de comunicação.
Fonte: ZH
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