O goiano Demóstenes Torres (sem partido) entrou para a história do Senado brasileiro nesta quarta-feira. Ao ter cassado por 56 votos contra 19, ele se tornou o segundo senador a perder o mandato. O primeiro havia sido Luiz Estevão (PMDB-DF).
Em 2000, Estevão perdeu o mandato por quebra de decoro sob a acusação de envolvimento no escândalo de desvio de recursos da construção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, o mesmo do juiz Lalau.
Demóstenes foi cassado por causa de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O sobrevivente e os fujões
Na história do Senado, outros senadores também padeceram sob acusações de quebra de decoro. Mas, os desfechos foram bem diferentes aos de Demóstenes e Luiz Estevão. Suspeito de ter contas pessoais pagas por um lobista, o então presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), escapou da cassação em 2007. Quarenta senadores optaram pela absolvição e 35 foram contra. Houve seis abstenções. Em dezembro, escapou novamente, da suspeita de uso de laranjas na compra de rádios. Em troca da manutenção do mandato, deixou a presidência.
Mas há aqueles que preferiram renunciar ao mandato a encarar o julgamento dos colegas. É o caso do baiano Antonio Carlos Magalhaes (antigo PFL, hoje DEM) e de Jose Roberto Arruda (PFL-DF), que, acusados de violar o painel do Senado, abandonaram a Casa em 2001. Jader Barbalho (PMDB-PA) também renunciou no mesmo ano, sob suspeita de desvio de verbas no Pará.
Fonte: ZH
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