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terça-feira, 10 de julho de 2012

Caminhão lotado de porcos bloqueia estrada no Noroeste do Estado

     A chuva da tarde desta terça-feira não impediu que 500 suinocultores dos municípios de Santa Rosa e Santo Cristo, no Noroeste do Estado, realizassem protesto na ER 344. O objetivo foi pressionar o governo para audiência pública marcada para esta quinta-feira, em Brasília, que deve debater reivindicações dos produtores.
     Os produtores se reuniram no entroncamento entre a ERS 344 e BR 472, o chamado trevo do porco, principal acesso a Santa Rosa, por volta das 14h. Dois caminhões com suínos foram estacionados nas duas vias da estrada, bloqueando o acesso dos veículos. Cerca de mil pessoas participaram da ação. A rodovia foi bloqueada por voltas das 14h20min, e segui bloqueada por 20 minutos. A manifestação teve apoio de suinocultores das regiões Celeiro e Missões.
     Logo após o bloqueio os produtores seguiram para um ginásio de esportes, onde ocorreram discursos de produtores. Vinte suínos foram doados para pessoas da comunidade, que acompanhavam as atividades como forma de protesto. Três prefeitos, presidentes das associações dos municípios da Grande Santa Rosa, Celeiro e Missões – representando 70 municípios - assinaram um decreto de estado de alerta, que será encaminhado nesta quarta-feira para Brasília.
     Segundo Edson Gross, presidente da comissão de suínos da Farsul, e produtor em Santa Rosa, os produtores reivindicam por uma ajuda emergencial aos produtores, que envolve embargos e política de preço: “este protesto é uma forma de sensibiliza o Governo Federal diante deste debate”.
     Gross revela que o produtor recebe hoje R$ 1,60 por quilo do suíno, e o custo de produção é de R$ 2,50: “R$ 0,90 de prejuízo por quilo de animal. O produtor está há quatro anos nesta crise, e insiste na produção pois tem um investimento na propriedade, e não pode perder o valor genético da produção”. Ele destaca ainda que uma matriz produtiva na propriedade têm um custo de R$ 800, e se for comercializada, o produtor receberá R$ 250: “por isso pedimos um empréstimo de pelo menos R$ 500 por matriz produtiva
     Na quinta-feira, produtores devem acompanhar em Brasília uma audiência pública que envolverá a comissão de agricultura do Senado, em seguida, encaminhada ao Ministério da Agricultura.

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