O homem de 25 anos preso na noite de terça-feira por policiais civis mineiros e gaúchos, em Gravataí, na Região Metropolitana, teria recebido R$ 7 mil para matar três integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) em Uberlândia (Minas Gerais). O crime teria sido planejado por vingança.
De acordo com informações da Polícia Civil, em março deste ano, os suspeitos teria ido até o assentamento e se passaram por pessoas interessadas em ingressar no movimento e também na aquisição de um lote do assentamento. "Para tanto, participaram inclusive de um jantar com a vítima, dormiram no assentamento e colheram informações sobre a rotina das vítimas para, posteriormente, realizar uma emboscada", diz a nota publicada no site da instituição.
Na manhã seguinte, o suspeito identificado como Rodrigo Cardoso Frick e um comparsa teriam deixaram o acampamento e armaram uma emboscada em uma estrada vicinal. Por volta das 9h, a dupla teria avistado o carro das três vítimas vindo na direção dos dois e trancado a estrada. Rodrigo teria atirado nos três sem-terras.
Dentre as vítimas estava a coordenadora do assentamento Rio dos Peixes, que estava com o neto no colo. A criança teria assistido à execução e depois foi abandonada pelos criminosos na estrada. Quando se iniciaram as investigações, a polícia mineira acreditava se tratar de disputa de terras, mas na sequência descobriu se tratar de vingança.
Conforme a nota divulgada pela instituição, a polícia de Minas, em 2009, apreendeu cerca de 300 quilos de maconha proveniente do Mato Grosso, próximo à região do assentamento Rio dos Peixes, e prendeu o responsável pelos entorpecentes. O proprietário da droga acreditava que seriam as vítimas que teriam os denunciado à polícia e por isso teria dado R$ 7 mil para Rodrigo e o comparsa executarem o crime.
Rodrigo, após o crime, fugiu de Minas para o Rio Grande do Sul, onde nasceu. Ele foi conduzido à Área Judiciária, no Palácio da Polícia de Porto Alegre, e deve ser levado para Minas Gerais.
A prisão foi efetuada em parceria da Delegacia de Homicídios de Uberlândia (MG), em conjunto com policiais civis da 1ª Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) gaúcho.
Fonte: Pioneiro
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