O juiz João Ricardo dos Santos Costa, da 16ª Vara Cível de Porto Alegre, afirmou hoje que o Estádio Beira-Rio não oferece segurança para uma torcida de futebol.
— Eu percebi o esforço do Inter para dar condições de uso do estádio, mas não há como garantir a segurança de um multidão de 20 mil ou de 30 mil pessoas. É uma situação insustentável e que ainda vai piorar com a intensificação das obras — avalia o responsável pela interdição do estádio.
Apesar da Brigada Militar garantir que o local possa receber público em dias de jogos, o juiz criticou a postura da entidade e afirmou que não teve garantias concretas para evitar a interdição do Beira-Rio.
— Quem assina embaixo dizendo que há segurança para as pessoas que comparecem a um evento esportivo no Beira-Rio? A Brigada Militar afirmou que há condições mínimas de segurança, mas isso não existe. Depois que a tragédia acontece, não dá pra voltar atrás. É melhor prevenir do que pagar para ver — garante.
O juiz não acredita que a situação do local possa ser resolvida neste momento:
— Em um estádio moderno e seguro já é perigoso deixar uma multidão de 30, 40 mil pessoas em segurança em caso de tumultos. Em um local como o Beira-Rio, que se encontra atualmente transformado em um canteiro de obras, é risco demais não considerar os perigos que a multidão estaria exposta. Os escombros da demolição aumentam demais os estragos que poderiam acontecer em uma situação de descontrole — afirma.
Fonte: Diário Gaúcho
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