A Polícia Civil encontra dificuldades para identificar os integrantes dos chamados bondes três dias após ações de grupos de jovens agirem com violência em Caxias do Sul. A Brigada Militar também não tem os nomes. As investigações tentam estabelecer algum tipo de relação entre as brigas e algazarras promovidas no último domingo, no Centro, por um grupo aproximado de 70 pessoas, com a morte de Robson Marques de Souza, 26 anos, no bairro São Victor Cohab, horas depois. Ele é supostamente integrante de uma gangue do bairro.
Para o delegado Joigler Paduano que investiga o homicídio, uma tentativa de identificar e relacionar os grupos será feita a partir das imagens da câmera de segurança localizada entre as ruas Marquês do Herval e Sinimbu que pode ter flagram a a briga entre gangues.
— Solicitei as imagens para a Brigada Militar e espero recebê-las até sexta. Como a câmera fica longe do ponto onde teria ocorrido a confusão, dependeremos de o operador do equipamento ter direcionado a câmera. Também temos uma equipe colhendo os depoimentos de moradores da rua onde ocorreu o homicídio e tentando localizar as pessoas que acompanhavam a vítima no momento do crime — relata o delegado.
De acordo com o subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, Giovani Gomes, não é possível evidenciar autoria ou posse de material apreendido em todas abordagens.
— Na abordagem técnica as pessoas são revistas e os nomes são consultados no sistema para verificar se a pessoa é procurada e os documentos operacionais são preenchidos com os dados dela. No caso de abordagens de grandes grupos é feita a revista e se nada for encontrado e as pessoas não apresentarem qualquer indício de lesão corporal o grupo é dispensado. Não tem a identificação individual. Isso porque precisaríamos deslocar reforço policial de acordo com a quantidade de pessoas. Fica a cargo dos policiais avaliarem a situação, se é crítica ou não — justifica.
Fonte: Pioneiro
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