O autônomo do setor de informática, Gelson Ostamberg, 20 anos, residente na rua Adolfo Hampel, bairro Neri Cavalheiro, zona norte de Santo Ângelo, vem enfrentando problema há cerca de um mês, desde que comprou o imóvel. Tudo porque, segundo ele, um fio de aço que dá sustentação a um poste de iluminação pública está em frente à garagem de sua moradia.
Casado com uma agricultora do distrito de Buriti, e pai de quatro filhos, todos menores de idade, Gelson diz que para agravar ainda mais a sua situação, o poste estaria podre. "Em dias de fortes ventos, há o risco do poste cair. Ele lembra que adquiriu a casa da antiga proprietária que já teria reclamado à RGE, a qual alegou que havia retirado o fio do poste, "o que acabou não ocorrendo", indigna-se.
No seu entender, o transtorno é tanto que planejava a compra de um veículo, porém não foi possível em virtude do problema existente. "Não vou comprar um carro para ficar estacionado na rua", justifica. A alternativa encontrada por Gelson, então, é se deslocar de sua residência para o centro andando de bicicleta, apesar de contar com dinheiro para concretizar o negócio.
Ele frisa ainda que uma equipe técnica esteve na sua casa, informando que seria de responsabilidade do proprietário efetuar a retirada do fio. Mas ele teria que pagar uma taxa orçada em R$ 500,00 para que a empresa executasse o serviço. Conforme Gelson, a RGE teria alegado ainda que o poste se encontra em boas condições de conservação, "o que não é verdade", reclama.
O temor da família de Gelson é que o poste de luz possa cair e causar prejuízos na rede elétrica não apenas de sua casa, mas de residências vizinhas situadas na mesma via pública, além de causar um acidente. Ele enfatiza que por aproximadamente 15 vezes ligou para a empresa tomar alguma providência. "Não tenho dinheiro suficiente para bancar a taxa cobrada pela RGE", esclarece.
A antiga dona do imóvel, há cinco meses, solicitava uma solução para a empresa uma vez que ela também ressalta que o poste não foi trocado, retrucando as informações prestadas pela equipe técnica da RGE. "Como autônomo, meu salário não comporta o pagamento da taxa imposta pela RGE", reforça Gelson.
Gelson ressalta que quem tem que executar a retirada do fio bem como do poste, é a RGE. "A minha obrigação é pagar a tarifa do consumo de energia elétrica e não o serviço reivindicado propriamente dito", opina. Para ele, não é procedente a alegação da empresa. Ele frisa ainda que uma das medidas adotadas pela RGE foi a colocação de um pedaço de madeira para sustentação do poste que já apresenta um certo grau de inclinação. Lembra, contudo, que a antiga dona da casa não possuía automóvel.
RGE
A reportagem do Jornal A Tribunal Regional tentou ontem à tarde manter contatos telefônicos com a Divisão de Poder Público e Projetos Especiais da RGE em Santo Ângelo bem como com o Departamento de Engenharia e Gestão de Ativos, da empresa, em Caxias do Sul, mas nenhum dos aparelhos atendia.
Fonte: Jornal A Tribuna
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