O primeiro dia de paralisação nacional dos servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), nesta segunda-feira, contou com adesão de 95% da categoria em todo o Brasil. De acordo com o presidente regional do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), Carlos Renato Leite, dos 2 mil trabalhadores do País, 45 estão no Rio Grande do Sul.
No Estado, ficou inviabilizado o trabalho de fiscalização dos recursos federais aplicados nos municípios de São Pedro do Butiá, Estrela Velha e Manoel Viana. “Verificamos todos os programas ligados à educação, agricultura e infraestrutura”, observou.
A entidade pede reposição salarial e mudança de nomenclatura dos servidores. “Pleiteamos o nome de auditor, porque é a natureza da nossa atividade. Até agora, somos chamados de analistas”, disse. Segundo Leite, as perdas com a inflação chegam a 22% desde 2008, quando ocorreu o último reajuste.
Ele afirmou que a categoria não tem dissídio e nem data-base para negociação dos vencimentos. “Dependemos de uma negociação direta com o governo federal”, salientou. Mais de dez encontros já teriam ocorrido com a União, mas nenhum acordo foi firmado.
Um grupo de servidores fez uma reunião interna hoje para tratar sobre os rumos da paralisação e está prevista uma manifestação nesta terça-feira, às 10h, em frente ao Ministério da Fazenda, em Porto Alegre.
A decisão de parar as atividades nos dois dias foi tomada na última assembleia nacional da carreira, realizada em 25 de julho. A data limite para o governo apresentar uma proposta para a classe era 31 de julho. Agora, a previsão de entrega do documento é até 13 de agosto.
Fonte: Correio do Povo
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