O Juiz da vara de Infância e Juventude de Cruz Alta, Ricardo Tjäder, negou na tarde desta sexta-feira o pedido de internação preventiva do adolescente de 14 anos que confessou ter matado o pai. A solicitação havia sido feita no final da tarde de quinta-feira pelo Ministério Público.
Segundo a assessoria de Tjäder, o juiz não encontrou no processo elementos que justifiquem a internação preventiva do menino.
À Polícia Civil o jovem afirmou que cometeu o crime devido aos constantes desentendimentos que tinha com o pai. Ele contou ainda que sofria com frequência agressões físicas e verbais.
O pedido de internação preventiva partiu do promotor Érico Barin. Ele acredita que a forma como o crime ocorreu – o jovem testou a arma com antecedência, teria preparado o jantar e atirado quando o pai estava comendo, deixando o corpo estirado na cozinha durante mais de um dia - transcende um simples desentendimento.
O caso
- Na quarta-feira, por volta do meio-dia, um adolescente de 14 anos ligou para a Brigada Militar de Cruz alta informando que teria matado o pai com dois tiros. O crime teria ocorrido na noite de segunda-feira. Durante mais de um dia o corpo ficou na cozinha da casa, onde o homem foi morto.
- O jovem justificou o crime contando que sofria constantemente agressões físicas e verbais.
- A vítima é um sargento da Brigada Militar. O revólver utilizado no crime não era da corporação. Segundo o comando do 16° Batalhão de Polícia Militar, o policial não tinha registros de casos de indisciplina ou agressividade no trabalho.
- Pai e filho moravam sozinhos na residência. Uma perícia já foi feita no local e a arma do crime foi apreendida.
Fonte: ZH
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