Inri Cristo, catarinense que se diz a reencarnação de Jesus Cristo, esteve na tarde desta quarta-feira no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, para se manifestar sobre o julgamento do mensalão, "na condição de eleitor e conselheiro de juristas".
Cristo distribuiu um manifesto no qual diz que Lula era "comandante" do esquema de corrupção e que ele "se faz de burro para continuar comendo milho". "O povo brasileiro pode até eleger um ladino, um espertalhão, um falastrão [...] porém, nunca elegeu um pateta", afirma o texto.
No início parecia que Cristo não conseguiria ultrapassar as grades que separam o tribunal da Praça dos Três Poderes, onde ele está localizado. "Não posso obrigar ninguém a nada, só posso entrar onde me deixam entrar", dizia o ex-bancário, acompanhado de seu séquito. "Sou contra, inclusive, a obrigação de votar."
Após breve conversa com os seguranças, Cristo foi autorizado a assistir a sessão nas salas separadas para o público e, ao longo do julgamento, poderia passar ao plenário, conforme a disponibilidade de lugares.
Ao telefone, um dos seguranças confirmava pelo celular que Inri Cristo não estava de terno, gravata e sapatos sociais, como manda a liturgia do Supremo, e sim com as habituais longas vestes brancas, a sandália surrada e a coroa de espinhos cenográfica. Questão a ser resolvida, segundo ele, pelo cerimonial, caso Cristo fosse ao plenário.
Após mais uma oração, a terceira, Cristo resolveu voltar à sua casa em Brasília, que chama de "a nova Jerusalém": "Todos me ouviram, e quem não me ouviu ouvirá mais tarde. Até sempre, meus filhos. Deus os abençoe e também o chefe da segurança que me trouxe aqui".
Fonte: Folha Uol
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