O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira, 10 de agosto, informações importantes sobre a população indígena do Brasil: cerca de 36,2% de índios vivem na zona urbana (equivalente a 324.834, já que o total de indígenas soma 896.917 pessoas) e 76,7% dos que têm 15 anos ou mais sabem ler e escrever, seja em português ou em seu idioma.
Do total considerado indígena pelo IBGE, apenas 817.963 se autodeclaram índios. Os outros 78.954, apesar de viverem em terras indígenas, se consideram descendentes. Durante a entrevista, foi levado em consideração as tradições, costumes, cultura e os antepassados. O restante da população (572.083 de índios) vive na zona rural.
A região Norte abriga a maior quantidade de índios, um total de 342.836 entre declarados e não declarados, seguido do Nordeste (232.739), e do Centro-Oeste (143.432). As regiões Sudeste e Sul possuem, respectivamente, 99.137 e 78.773 índios.
Em 2000 a maioria dos índios viviam na zona urbana, mas em 2010 a população indígena autodeclarada voltou a ter a sua maioria na zona rural.
Alfabetização
A taxa de alfabetização dos homens é de 78,4% e das mulheres 75%. Além disso, o IBGE apontou que, cerca de 293,9 mil falam, pelo menos, um dos 274 idiomas indígenas no país. O português está presente no vocabulário de 605,2 mil índios.
Segundo o instituto, 86.963 índios falam os idiomas do tronco linguístico tupi e outros 64.787 indígenas, macro-jê. Dentro do tronco tupi, a família linguística tupi-guarani é a mais falada pelos índios, num total de 68.470 pessoas, seguido da mawé (usada por 9.052 índios).
Já no macro-jê, a família linguística guarani-kaiowá é a mais falada por índios (28.848 pessoas), em segundo lugar vem a kaingangue, usada por 22.087 indígenas.
Cerca de 45,9% dos índios entre cinco e 14 anos alam uma língua indígena, destes, 59,1% se comunicam dentro de suas terras. Entre os índios de 15 a 49 anos o percentual caiu para 35,8%. O levantamento também apontou que 97,3% dos índios com 50 anos ou mais não falavam português em suas terras.
Fonte: Ecodesenvolvimento.org
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