Analistas tributários da Receita Federal fazem paralisação de 24 horas em todo o País nesta quinta-feira para marcar o 5º Dia Nacional de Luta pela Reestruturação Salarial. No Rio Grande do Sul, alguns servidores se reuniram em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, no Centro de Porto Alegre. Segundo a delegada sindical no Estado do Sindicato dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Jane Pimentel, uma reunião foi realizada para debater assuntos internos. O Sindireceita se encontrará com representantes do governo federal às 15h para apresentação da proposta final de reajuste.
De acordo com o Sindireceita, inúmeras reuniões foram realizadas, mas o governo não apresentou nenhuma oferta concreta. “Somos uma categoria de nível superior de alta qualificação e exercemos uma atividade de extrema importância”, afirmou a presidente nacional da entidade, Sílvia Helena Felismino. A categoria pede uma reestruturação dos salários, pois estaria na 107ª posição na lista de remuneração do Ministério do Planejamento.
A proposta do sindicato é de um aumento pago em três anos, 30% no primeiro, 25% no segundo e 25% no terceiro, mas a União acessou apenas com 15,8%, considerado muito abaixo do reivindicado. A projeção é de que mais de 5 mil analistas participem da ação em todo o Brasil, afetando parcialmente setores como o conferência de bagagens e mercadorias em portos e aeroportos, atendimento nos Centros de Atendimento ao Contribuinte (CAC), Agências, Delegacias e demais unidades da Receita Federal.
Servidores estaduais também realizam protesto
Cerca de 9 mil servidores ligados ao Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi) podem parar as atividades para pressionar o governo estadual a melhorar a proposta salarial para a categoria. Dezenas de trabalhadores fizeram manifestações nesta quinta-feira em Porto Alegre, primeiro na avenida Padre Cacique, em frente à Fundação de Atendimento Sócio Educativo (Fase), e depois diante da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). No local, eles bloquearam a avenida Mauá e causaram congestionamento até a Estação Rodoviária.
De acordo com o coordenador de Comunicação da entidade, Luís Alberto Trindade, o governo estadual ofereceu reajuste de 4,86%, considerado baixo. “Havíamos pedido 8%”, destacou. Além disso, a classe reivindica aumento no valor dos vales refeição e alimentação, assistência saúde, revisão dos planos de carreira e melhoria do adicional de penosidade para as fundações.
Para Trindade, existem distorções nos salários de servidores. Segundo ele, algumas pessoas, exercendo a mesma função, chegam a ter diferença nos vencimentos de até 63%. O sindicato deve se reunir mais uma vez com o governo na próxima semana. Caso não haja flexibilidade no atendimento das reivindicações, os servidores devem analisar a possibilidade de desencadear uma greve.
Fazem também parte da base de instituições vinculadas ou conveniadas ao Semapi os trabalhadores da Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater/Ascar), Universidade Estadual do Estado (Uergs), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiências e de Altas Habilidades (Faders), Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapergs), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Fundação de Proteção Especial (FPE), Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Fundação de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Fundação Teatro São Pedro e Fundação Zoobotânica do Estado (FZB).
Fonte: Correio do Povo
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