Cinco anos depois do sepultamento, o corpo de Dom Aloísio Lorscheider pode ser transferido de Imigrante, no Vale do Taquari, para Aparecida, no interior paulista. Isso por um pedido do arcebispo de São Paulo, o cardeal Dom Raymundo Damasceno de Assis, que atribui à mudança ao longo período em que o religioso atuou na Arquidiocese de Aparecida. A transferência ainda depende de decisão da Ordem Nacional dos Freis Franciscanos, mas já é motivo de polêmica no município gaúcho.
Dom Aloísio atuou por nove anos em Aparecida, onde foi condecorado arcebispo pelo papa João Paulo II. Mas é gaúcho de Teutônia e tinha familiares em Imigrante. Morto em 2007, aos 83 anos, ele foi enterrado no Convento São Boaventura. Segundo moradores da cidade do Vale do Taquari, o sepultamente foi realizado da forma como o próprio cardeal havia pedido, onde estavam os restos mortais de seus familiares.
Porém, a orientação canônica sugere que o cardeal seja enterrado no último local de trabalho. Mais um ponto reivindicado pela comunidade de Imigrante.
— Não entendo por que padres e bispos não respeitam a vontade dos seus irmãos. Conversamos com a irmã de Dom Aloísio, que mora no Paraná, e com um irmão que mora em Mato Grosso e eles confirmaram a vontade do cardeal. Estamos mobilizados para que essa transferência não seja realizada — diz o prefeito de Imigrante, Paulo Altmann.
O prefeito de Imigrante mantém contato com os freis do Convento São Boaventura e garante que ainda não um alvará de transferência do corpo de Dom Aloísio. No convento, os sacerdotes também defendem a permanência e estão tratando do caso diretamente com o cardeal de São Paulo.
Dom Aloísio foi presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o único cardeal brasileiro a receber votos em um dos conclaves para eleger o papa.
Fonte: ZH
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