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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Destaque do Editor - Polícia Civil divulga detalhes da operação que prendeu cinco pastores evangélicos que aplicavam golpes no RS

     Em uma coletiva à imprensa realizada na tarde desta quinta-feira na cidade de Veranópolis, na Serra, a Polícia Civil revelou os detalhes das investigações que culminaram na prisão de cinco pastores evangélicos suspeitos de estelionato. 
     Em 2010, o grupo passou a oferecer carros a amigos e fieis por valores abaixo do preço de mercado. As vítimas do golpe faziam depósitos em dinheiro na conta de laranjas e de igrejas, mas não recebiam os veículos. No Rio Grande do Sul foram identificadas 37 vítimas em Veranópolis, duas em Bento Gonçalves e uma em Passo Fundo.
     Uma das vítimas era um familiar do delegado de Veranópolis, Marcelo dos Santos Ferrugem, que levou o caso à Delegacia Regional de Polícia Civil. O delegado Alvaro Luiz Pacheco Becker, titular da 2ª DP de Bento Gonçalves, foi nomeado para iniciar com as investigações em novembro de 2011.
     Os pastores detidos preventivamente alegam terem sido ludibriados por uma mulher do Rio de Janeiro que se apresentava como promotora de Justiça. Ela seria conhecida de pastores do Estado carioca e se aproveitava da proximidade para contatar sacerdotes de outros estados.
     A proposta era de que eles fizessem parte de um esquema que oferecia os carros por meio de uma tabela de preços com valores abaixo de mercado que dizia serem de doações da Receita Federal. Quem aceitasse tinha a promessa de receber um carro no final das vendas e participação nos lucros. Entretanto, o acerto nunca foi feito.
     A mulher já tem passagem pela polícia do Rio de Janeiro como estelionatária. Um mandado de prisão preventiva foi decretado junto com os demais, mas ela não foi localizada pelas diligências.
     Os pastores detidos foram recolhidos ao Presídio Regional de Nova Prata e devem responder a processos por estelionato, formação de quadrilha e falsificação de documentos.
     Em todo o Brasil, o grupo teria arrecadado cerca de R$ 20 milhões que estariam em posse da estelionatária. Só com as vítimas do Rio Grande do Sul são R$ 1,2 milhão.
Fonte: Pioneiro

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