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sábado, 21 de julho de 2012

Cartão-postal vira pesadelo de Segredo

     Moradores da zona rural de Segredo, na região Centro-Serra, viram em poucos anos um cartão-postal se transformar em pesadelo. A Ponte do Colono, na localidade de Serrinha Alta, está interditada há pouco mais de três anos por problemas estruturais e risco de queda com a passagem de veículos pesados. O desvio acontece por outra ponte menor, sobre o rio Jaquirana, a menos de 500 metros de distância. Confeccionada em madeira sobre pilares de concreto, a travessia é uma ótima alternativa quando não chove, pois não raras vezes costuma ficar debaixo d''água.
     A ponte servia como principal ligação entre a área urbana e o distrito de Bela Vista. A estrada é via de escoamento da produção de tabaco e soja. Mesmo com a interdição, alguns motoristas ignoram o perigo e removem os obstáculos. O engenheiro Ricardo Almeida diz que há probabilidade de queda da estrutura na passagem de um veículo maior.
     A construção custou ao município em torno de R$ 300 mil, com a entrega à comunidade em 4 de julho de 2005. Quatro anos depois houve a abertura de uma licitação para a recuperação do concreto na parte superior. Mas a empresa vencedora, ao iniciar os trabalhos, constatou a necessidade de intervenção maior na estrutura sob o risco de perder o serviço. O processo licitatório foi anulado. "Elaborei um novo projeto de revitalização total da estrutura", recorda o engenheiro.
     A ponte possui dois arcos laterais num vão de 53,8 metros. Na base de um dos lados há uma ruptura de 5 centímetros e no outro, de 10 centímetros. A pista tem uma deformação de 30 centímetros. Além de ter vigas expostas e enferrujadas, o concreto está se quebrando em diversos pontos. A reforma geral da ponte está orçada em R$ 800 mil e as avarias ficam cada vez maiores.
     O prefeito Alencar Feron afirma que, diante do investimento necessário, não vale a pena a reforma, pois a construção de uma estrutura nova ao lado está avaliada em R$ 400 mil.
Garganta do Diabo foi restaurada
     Na região de Santa Maria, a ponte do Passo do Verde, localizada no km 325 da BR 392, na saída para o município de São Sepé, recebe revisão de engenheiros do Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transportes (Dnit) de dois em dois meses. Segundo o supervisor da Unidade de Santa Maria do Dnit, engenheiro Olivar Azevedo, desde que a ponte foi implodida, em 21 de fevereiro de 2003, existe uma vistoria mais constante na estrutura. A ponte, que esteve interditada por 225 dias, foi reinaugurada com nova estrutura.
     Com 196 metros de extensão, a ponte registra movimento de 5 mil veículos, diariamente. Azevedo salienta que até hoje muitos motorista que passam no local param para observar a nova estrutura da ponte. Também no município de Santa Maria outra ponte com elevado movimento é conhecida como "Garganta do Diabo", sobre o Vale do Menino Deus. A estrutura tem 76 metros de altura, dez pilares e um vão de 245 metros, em curva. Sua construção começou em 1957, mas foi plenamente finalizada somente no ano de 1962. Em 1996, a ponte passou por uma restauração e, seis anos depois, foi batizada pelo nome de Vale do Menino Deus. Localizada no km 326 da BR 158, entre os municípios de Santa Maria e Itaara, a ponte comporta um movimento de até 7 mil veículos a cada dia.
     Em 2003, as chuvas fortes afetaram a rodovia e acabaram abrindo uma cratera de 4 metros próximo à estrutura. "A última vistoria no local ocorreu no início do mês de abril e nada foi constatado de anormal", informou o engenheiro do Dnit. Todas as pontes que estão sob a Coordenação da Unidade de Santa Maria do Dnit, que abrange as BRs 392 (Santa Maria-Santana da Boa Vista), 158 (Santa Maria-Júlio de Castilhos) e 287 (Santa Maria-São Borja), passaram por vistoria no ano passado, e não foi detectada nenhuma irregularidade em nenhuma delas.
Viaduto corre risco de desmoronar em Rio Pardo
     O viaduto da BR 471, que passa sobre a rede ferroviária, na área urbana de Rio Pardo, apresenta risco e poderá desmoronar, caso não sejam feitas obras de correção estrutural em curto prazo. O local se encontra interditado no sentido Rio Pardo-Santa Cruz do Sul, com trânsito em apenas uma pista. Em cada lado há diversos cones de sinalização e um semáforo que orienta os condutores.
     O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) autorizou a elaboração do projeto de recuperação e reforço do viaduto. A autorização foi expedida pelo diretor de Operação Rodoviária, Cleber Domingues, embora a estrutura esteja sob a responsabilidade da concessionária Santa Cruz Rodovias. Já o diretor da concessionária, Luiz Eduardo Fonseca, afirmou que a necessidade de recuperação da estrutura fez com que a empresa optasse pela interdição parcial do viaduto", diz Fonseca. Segundo ele, a ideia é atenuar a carga recebida pela estrutura e evitar que ocorram acidentes.
     Ainda não há data definida para o começo das obras, pois o projeto está em fase de elaboração. Ele estima que o custo possa chegar a R$ 2 milhões. De acordo com Fonseca, não é possível apurar se os problemas estruturais são decorrentes de falhas no projeto original ou se provêm da execução da obra. Isso porque os documentos que poderiam comprovar o problema não foram encontrados nem no Daer ou no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
     Em torno de 3 mil veículos passam pelo viaduto diariamente. A estrutura possui 70 metros de extensão e recebe veículos leves e pesados. Embora o fluxo de caminhões e carretas seja intenso no local, Fonseca acredita que não foi por causa do peso que ocorreram os danos.

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