Tropas do governo da Síria bombardearam áreas dominadas por rebeldes em várias partes do país, deixando pelo menos 25 mortos neste domingo, segundo informações de um grupo de monitoração. Civis estariam fugindo para abrigos antibombas para se protegerem. Uma menina estava entre os quatro mortos em um ataque à cidade de Rastan, na província de Homs, informou o Observatório Sírio para Direitos Humanos.
O exército matou mais dois civis na cidade de Homs, segundo o observatório com sede no Reino Unido. Ao mesmo tempo, moradores de Qusayr, que tem sido bombardeada diariamente, estão construindo abrigos antibombas em casas e lojas. "Nós éramos dez pessoas trabalhando mais de 12 horas por dia", contou Abu Abdo em frente a sua loja, apontando para um abrigo para 30 pessoas.
Na cidade de Deir Ezzor, três civis e cinco rebeldes foram mortos, segundo o observatório, especialmente perto do campo de petróleo Albu Omar. Além disso, um enfermeiro teria sido assassinado na prisão da cidade após ser torturado.
Dois outros civis foram mortos em um bombardeio em Qalet al-Madiq, na província de Hama. Em Daraa, um civil e dois rebeldes perderam a vida após ataques de forças do governo. Também houve mortes na província de Idlib, perto da fronteira com a Turquia, onde três soldados e dois civis morreram. Neste sábado, pelo menos 115 pessoas foram assassinadas na Síria, segundo o observatório.
País contesta ONU e nega uso de armas pesadas
A Síria negou as acusações da Organização das Nações Unidas (ONU) de que forças do governo usaram armas pesadas durante uma operação militar que gerou ampla condenação internacional ao regime do presidente Bashar Assad. Jihad Makdissi, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Síria, afirmou que a violência ocorrida na quinta-feira não foi um massacre, mas uma operação militar que tinha como alvo combatentes armados que haviam tomado o controle da vila de Tremseh.
"O que aconteceu não foi um ataque a civis", afirmou Makdissi a jornalistas em Damasco. "O que tem sido dito sobre o uso de armas pesadas não tem fundamento", acrescentou. No entanto, a ONU já envolveu as forças de Assad no ataque. O diretor da missão de observação da ONU na Síria disse na sexta-feira que monitores que estavam próximos a Tremseh viram o exército do país usando armas pesadas e helicópteros.
Fonte: Correio do Povo
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