Os três universitários que destruíram um orelhão na madrugada de sábado, em Passo Fundo, devem comparecer nesta segunda-feira à companhia telefônica para pedir desculpas e se oferecer a pagar o prejuízo. Presos em flagrante, eles serão processados criminalmente por dano ao patrimônio público.
Estudantes de odontologia de uma universidade particular da cidade, os três foram flagrados por policiais que monitoravam o movimento nas ruas de Passo Fundo pelas câmeras instaladas no Centro. A ação foi flagrada às 4h45min. Na esquina das ruas Bento Gonçalves e Morom, um dos rapazes chutava, batia e tentava arrancar os fios do equipamento. Os outros o incitavam e um deles gravava tudo em um celular. Policiais chegaram a tempo de prender em flagrante Daniel Canavese Moretto, Pedro Henrique Castanho e João Pedro Chies Zampieri, todos com 19 anos. O celular também foi apreendido como prova.
Ontem, o vídeo circulava nas redes sociais. Os estudantes tiveram que lidar também com a reprovação de colegas e conhecidos que postaram mensagens contrárias à atitude deles. As mensagens foram deletadas do facebook. Os jovens preferiram não comentar o caso. Por meio do advogado José Antônio Farias de Almeida reconheceram a autoria do crime e pediram desculpas aos pais, à sociedade, aos colegas e à universidade pelo que chamaram de ato falho.
— Ficamos apreensivos e deletamos as mensagens. Eles estão preocupados porque não sabem como serão recebidos pela sociedade quando voltarem às suas atividades diárias — contou o advogado.
Almeida explicou que o crime ocorreu quando os jovens voltavam de uma festa e que haviam consumido bebidas alcoolicas.
— Não são acostumados a sair e resolveram ir a uma festa antes do começo das provas do semestre, e responsavalmente não saíram de carro porque sabiam que beberiam na balada — afirmou.
Segundo relato de Almeida, todos são dedicados ao estudo e cometeram um erro. De acordo com a versão dos rapazes, um deles pretendia ligar para um amigo e encontrou o telefone sujo. Irritado e sob o efeito de álcool, quebraram o telefone. O advogado ainda reforça que os três estão sendo acompanhados pela família e que os pais desaprovam a atitude dos filhos.
Ainda no sábado, eles foram liberados após os pais, que moram em Veranópolis, Palmeira das Missões e Caxias do Sul, pagarem a fiança de R$ 3 mil para cada um, arbitrada pela delegada Raquel Kolberg. A versão de que o telefone sujo teria irritado o trio também foi registrada no depoimento à polícia.
O crime é passível de transação penal. Almeida confirmou que os três devem procurar a empresa telefônica para pagar o prejuízo e pedir desculpas pela atitude. O custo médio de um orelhão é R$1 mil.
Fonte: ZH Clic RBS
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