Funcionários do frigorífico de suínos da Aurora, em Erechim, aderiram nesta quinta-feira à paralisação deflagrada na madrugada de quarta por funcionários do frigorífico de aves da mesma empresa. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Erechim e Gaurama, Osmar Padilha, são cerca de 1,8 mil funcionários que estão parados entre as duas unidades de abate e industrialização de carnes. Eles reivindicam reajuste salarial. Os dois frigoríficos ficam no bairro Três Vendas, na cidade.
Os primeiros a parar, de acordo com o Sindicato, foram os funcionários do turno da madrugada de quarta-feira, que trabalham no frigorífico de abate de aves. À medida que novas turmas deviam dar início ao trabalho, o movimento de paralisação foi crescendo. Na madrugada desta quinta-feira, os trabalhadores do turno das 2h do frigorífico de suínos da empresa também entraram em greve. Com o passar do dia, novos trabalhadores aderiram ao movimento.
Conforme Osmar Padilha, a reivindicação salarial é de reposição da inflação e mais um percentual, fechando no total 10%. Padilha disse que foram realizadas quatro reuniões para discutir o assunto. Segundo eles, a empresa teria oferecido 6,5% logo, e mais 0,5% em janeiro de 2013. Ele afirmou que os trabalhadores não aceitaram a contraproposta da empresa.
Osmar Padilha reforçou que os trabalhadores querem também uma pausa de 10 a cada 50 minutos trabalhados. Neste quesito, de acordo com Padilha, a empresa não fez nenhuma contraproposta. Na mesa de negociação consta ainda um pedido para que os frigoríficos da Aurora aceitem atestados médicos que não sejam apenas de profissionais da empresa.
Através de nota oficial emitida pela assessoria de imprensa, a empresa Aurora lamentou a paralisação das atividades e afirma que manterá as portas abertas para negociação com os funcionários. Além disso, a empresa afirma que buscará junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) uma intermediação judicial para resolver o impasse e garante que estudará medidas para não prejudicar os empregados que continuam trabalhando. A sede da empresa fica em Chapecó, Santa Catarina.
Fonte: Correio do Povo
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