Mais de 80% dos professores federais se mostraram contrários à deflagração imediata de greve no Rio Grande do Sul. O resultado foi apontado em um plebiscito lançado pelo Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs) há dois dias e que se encerrou às 14h.
Apesar de um indicativo de greve ter sido aprovado no dia 5 de junho, a consulta eletrônica realizada pelo Adufrgs mostrou que a maioria dos 1.138 docentes que responderam ao questionário se mostraram contrários à paralisação imediata das atividades nas instituições federais.
-Não haverá assembleia depois desse resultado. Estamos provando que uma greve neste momento não será necessária. Os professores vão aguardar até o dia 2 de julho para que o governo federal dê uma resposta sobre as reinvindicações dos professores e apresente a reestruturação do plano de carreira _ destacou a professora Maria Luiza Ambros von Holleben, presidente da Adufrgs.
Em paralelo, está ocorrendo outra discussão por parte de uma segunda entidade, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes). Na terça-feira, mais de 185 professores aprovaram por unanimidade o indicativo de greve. Depois de duas horas de argumentação, a categoria, ligada ao Andes, decidiu aguardar que a mobilização se amplie e marcou uma nova assembleia para a próxima segunda-feira, às 16h, quando discutem se aderem à greve nacional.
Desde dezembro de 2008, a Adufrgs se desligou da Andes e se transformou em um sindicato independente (Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre), passando a representar também professores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Porto Alegre e campus Restinga. Segundo a Adufrgs, são 2,2 mil professores da UFRGS ligados ao sindicato.
Fonte: ZH
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