Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) ligados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) decidiram aderir à greve nacional da categoria,por tempo indeterminado. O sindicato coordena a mobilização nacional, mas tem pouco representatividade na universidade, já que apenas 200 dos 1,5 mil docentes são filiados ao Andes.
Dos mais de 185 presentes, apenas 6 votaram contra e 15 se abstiveram. “A maioria dos participantes aprovaram a greve. Seguiremos a lei, comunicaremos a reitoria amanhã e iniciaremos a paralisação na sexta-feira, 72h após a assembleia”, revelou a professora Laura Fonseca, primeira vice-presidente regional da direção do Andes e docente na área de Educação e Pedagogia.
Na semana passada, o Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior de Porto Alegre (ADufrgs), que possui 3,5 mil filiados, decidiu adiar a deflagração da greve após plebiscito onde 80% dos votantes se mostraram contrários à paralisação imediata. O sindicato irá aguardar o prazo final estabelecido pelo governo Federal, dia 2 de julho, para que seja apresentada uma proposta à categoria.
As principais reivindicações são por reestruturação da carreira, valorização do piso, incorporação de gratificações e melhorias nas condições de trabalho. Desde o dia 17 de maio, mais de 50 universidades e institutos federais do País, metade do total, aderiu à paralisação. No Rio Grande do Sul, já paralisaram docentes das universidades federais de Rio Grande (Furg), de Santa Maria (UFSM) e do Pampa (Unipampa).
Já os servidores federais das universidades de Porto Alegre completam duas semanas de greve com adesão crescente, conforme a Associação dos Funcionários da Ufrgs e da UFCSPA (Assufrgs). Entre os 2,8 mil funcionários da Ufrgs e da UFCSPA, a adesão supera os 65%. São prejudicados serviços como restaurantes universitários (RUs), atendimento nas bibliotecas, trabalhos administrativos e de manutenção, secretarias das faculdades, hospital veterinário e mesmo a Pró-Reitoria de Pós-Graduação.
Fonte: Correio do Povo
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