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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Manifestantes protestam para permanecer em área invadida em Cachoeirinha

     Acampados junto à Prefeitura de Cachoeirinha, na região Metropolitana, pelo menos 150 pessoas protestaram nesta sexta-feira contra a remoção de 280 famílias que residem em uma área invadida no loteamento popular Chico Mendes. Descontente com a reintegração de posse, que deve ocorrer na terça-feira, o grupo prometeu não sair da frente do prédio do executivo municipal enquanto não for apresentada uma alternativa para o
impasse.
     Sob olhar atento do 26º Batalhão da Polícia Militar, mesmo com chuva, os manifestantes empunhavam faixas e batiam em latas para fazer barulho e chamar atenção para o problema. Eles trancaram parte da avenida General Flores da Cunha e congestionaram o trânsito em uma das principais avenidas da cidade. “Querem nos tirar de lá e nos mandar para lugar algum. Não arredaremos pé até que nos deem alternativas. Não invadimos por não termos mais nada o que fazer, mas porque não tínhamos onde morar. Um temporal devastou nossas outras casas e não recebemos qualquer tipo de ajuda”, disse o representante do grupo, Francisco Niches, de 38 anos.
     Segundo o secretário de Habitação de Cachoeirinha, André Lima, em 30 de novembro do ano passado, os manifestantes invadiram casas que estavam sendo construídas e que seriam destinadas a outras famílias, cadastradas desde 2005 e que vivem em zonas de risco, alta tensão e alagadiças. “A maioria destas pessoas não necessita daquelas casas. Grande parte quer outra moradia para dar aos filhos. Por isso, tão logo soubemos da apropriação indevida entramos com uma ação judicial, mas a resposta só saiu agora. Portanto, realizaremos a desapropriação e eles terão que sair”, falou.
     Atualmente no loteamento Chico Mendes ainda não há esgoto cloacal, água ou luz, conforme a prefeitura. Portanto, o espaço não é adequado para moradia e é preciso que seja esvaziado para que as obras sejam concluídas. “No projeto original reservamos 20% das 428 moradias para esses manifestantes. Não nos negamos a ajudar, mas temos que respeitar a lei e o projeto do Ministério das Cidades. Se eles saírem de forma pacífica, construiremos um novo loteamento em um ano. Do contrário, não poderemos ajudar”, sentenciou o secretário.

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