O juiz da 38ª Vara Civil de São Paulo Ivanhoé Pinheiro negou, nesta segunda-feira (18), o pedido da defesa do goleiro Bruno Fernandes de suspender a exibição da série “Até que a Morte nos Separe", do canal de televisão fechado A&E. O episódio traz o atleta como personagem principal. Ninguém do canal foi encontrado para falar sobre o assunto.
A exibição do “Penalidade Máxima. Seria o goleiro Bruno o mandante da morte de Eliza Samudio?" está prevista para as 23h desta terça-feira (19). Um dos advogado do atleta, Eduardo Pimenta, disse que, após a decisão do juiz, entrou com um pedido de ação indenizatória contra o site e contra a produtora do conteúdo do vídeo, já que não se trata de um meio de comunicação noticioso. “O site é comercial. Não sabemos o conteúdo desta série e nem mesmo como o Bruno será tratado no vídeo. Por isso queremos a suspensão da exibição”, explicou. O próprio magistrado deve apreciar o novo pedido ainda nesta terça-feira (19).
Entenda o caso
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão e o primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
Fonte: G1 Minas Gerais
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