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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cada funcionário da Apple gera quase US$ 500 mil, diz NYT

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     A Apple paga baixos salários aos funcionários de suas lojas, apesar das condições estressantes de trabalho e longos turnos sem descansos, aponta uma nova reportagem de seis páginas do jornal americano The New York Times. Apesar das acusações, o NYT também destaca a lealdade da equipe da Apple, e as poderosas sessões de treinamento da companhia para seus jovens trabalhadores.
     Entre os entrevistados da reportagem está o funcionário de uma Apple Store, Jordan Golson, que afirma ter vendido cerca de 750 mil dólares em produtos da companhia em seus três melhores meses no ano passado. “Estava ganhando 11,25 dólares por hora”, disse. “Mas quando você olha a quantidade de dinheiro que a empresa está fazendo e então vê o seu contracheque, é meio difícil.”
     A reportagem sugere que, apesar de a Apple pagar mais aos seus funcionários do que a média nesse mercado nos EUA, se você dividir o rendimento pelo total de trabalhadores, cada um desses contratados trouxe mais de 470 mil dólares para a empresa. Mas eles receberam 25 mil dólares por ano de salario. A companhia possui cerca de 30 mil funcionários em Apple Stores nos EUA.
Aumentos à vista?
     O jornal também destaca que a Apple decidiu recentemente que precisa pagar mais aos seus funcionários. “Na última semana, quatro meses após o NYT começar a questionar os salários dos funcionários de suas lojas, a companhia começou a informar alguns membros da equipe de que receberiam aumentos significativos”, diz a reportagem, que ainda afirma que um porta-voz da Apple confirmou os aumentos mas não quis comentar de quanto seriam, quando serão dados, por qual razão aconteceram, e quem os receberá.
     Um vendedor que não quis se identificar de uma Apple Store em San Francisco, nos EUA, disse ao jornal que recebeu recentemente um aumento de 19,5%, valor bem maior do que o recebido no ano passado.
Insatisfação
     Mas o NYT continua a criticar o tratamento da Apple com seus funcionários, ressaltando que pesquisas internas registraram níveis surpreendentes de insatisfação, especialmente entre os chamados Genius. A Apple respondeu as acusações dizendo que “milhares de profissionais incrivelmente talentosos trabalham por trás da Genius Bar e entregam o melhor serviço para o consumidor do mundo. A taxa de retenção anual dos Genius é de quase 90%, o que é algo desconhecido na indústria de varejo, e mostra como eles são apaixonados pelos clientes e por suas carreiras na Apple”. 
     O jornal então aponta que os funcionários da Apple enfrentam um problema de não haver muito espaço para progredir dentro da empresa. “Existem apenas alguns trabalhos diferentes nas Apple Stores e os mais prestigiosos são invariavelmente procurados por dezenas de candidatos. E um salto para os QGs da companhia são altamente incomuns”, afirma a reportagem.
Política fechada
     Apesar de a Apple ser citada como um nome forte para o currículo, o NYT diz que muitos funcionários reclamam do que seria uma política fechada da companhia. Um deles disse que sua loja começou um sistema de frequência recentemente, o que significa que quatro dias de faltas em um período de 90 dias colocaria seus empregos em risco. “Era uma ideia perfeitamente boa. Mas o que era terrível é que não importava a razão pela qual você não podia ir trabalhar. Mesmo que você tivesse um documento médico, se você não fosse trabalhar receberia um ponto.”
     Anteriormente, a publicação já havia feito uma série de reportagens sobre supostas más condições de trabalho na Foxconn, empresa parceira da Apple na fabricação de aparelhos. Depois disso, a companhia de Cupertino fez um pedido para a associação trabalhista Fair Labour Association começar a investigar as fábricas da Foxconn na China.
Fonte: IDG Now Uol

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