O aumento no número de furtos e roubos a estabelecimentos comerciais — a média, desde o início do ano, é de duas ocorrências por dia — tem causado mudanças na rotina dos lojistas de Blumenau.
Parte dos proprietários da Rua Antônia da Veiga, no Bairro Victor Konder, passou a fechar as portas e atender os clientes apenas depois de identificá-los. Ontem à tarde, dos 30 estabelecimentos existentes na via, 15 mantinham as entradas fechadas ou encostadas.
Ao caminhar pela calçada da rua, uma das mais movimentadas da região central de Blumenau, é possível perceber a mudança no atendimento dos estabelecimentos. Em um salão de beleza em frente à Furb, a proprietário deixa a porta chaveada e somente abre ao reconhecer quem está chegando.
Próximo dali, em uma loja de roupas, um interfone foi instalado na entrada da loja. Só depois de apertar o botão e se identificar, o cliente é liberado para fazer as compras. A precaução não é à toa. Em novembro do ano passado, uma das funcionárias foi rendida dentro da loja e guarda até hoje o trauma do crime.
— Se não colocassem o interfone, eu teria saído daqui — afirma a funcionária, que preferiu não se identificar.
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo Cesar Lopes afirma que outras regiões da cidade registram casos parecidos. Segundo Lopes, a ação afeta diretamente as vendas dos estabelecimentos.
Cada empecilho colocado para o cliente, de acordo com ele, é motivo para que ele desista de entrar na loja.
— Nunca se espera uma situação dessas, mas os comerciantes de todas as regiões da cidade vivem amendrontados —descreveu o presidente.
Polícia Civil vai mapear pontos de maior incidência de furtos e roubos
A Divisão de Furtos e Roubos da Central de Polícia Civil de Blumenau começará a mapear os pontos onde há maior incidência de furtos e roubos. Com isso, um dos delegados da unidade, Ronnie Esteves, pretende concentrar as ações policiais no locais onde os registros apontam para maior número de crimes. Neste ano, segundo Esteves a região Norte da cidade é onde os estabelecimentos comerciais têm sido o maior alvo.
A Polícia Militar (PM) disse desconhecer o fechamento das portas por parte dos lojistas na Rua Antônio. Há noite, no entanto, a corporação faz rondas frequentes no local devido à movimentação nos bares e restaurantes ali instalados. Nas entradas e saídas de alunos da Furb trabalhos ostensivos também ocorrem nas proximidades.
Fonte: Diário Catarinense
Nenhum comentário:
Postar um comentário