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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Samsung é acusada de empregar menores de 16 anos na China

     Um fornecedor da Samsung na China alegou que funcionários da empresa trabalham mesmo tendo menos de 16 anos, de acordo com um grupo de fiscalização do trabalho, que descobriu que os trabalhadores, que ainda estudam, ganham cerca de 1 dólar por hora.
     A fiscalização da China disse ter encontrado os problemas após enviar investigadores para trabalhar na HEG Electronics, uma fabricante de celulares, equipamentos estéreos e DVD players que presta serviços para a companhia coreana, de acordo com um comunicado do grupo divulgado nesta semana.
     Enquanto trabalhavam na fábrica da HEG durante os meses de junho e julho, os pesquisadores descobriram sete trabalhadores com idade inferior ao permitido, incluindo um de apenas 14 anos. Leis trabalhistas chinesas proíbem a contratação de funcionários com idade inferior a 16. Mas, no passado, grupos de trabalho disseram ter encontrado exemplos de fabricantes no país violando essa lei.
     A HEG emprega 2 mil trabalhadores, mas muitos deles, aproximadamente 80%, são estudantes trazidos por suas escolas para trabalhar na fábrica durante as férias, como parte de um estágio, de acordo com o grupo de fiscalização. A HEG não verifica a idade dos funcionários, e não tomou nenhuma atitude para impedir a contratação de menores depois da descoberta, alega o grupo.
     Enquanto a prestadora de serviços não quis atender nenhuma ligação, a Samsung disse em comunicado que a companhia conduziu duas inspeções nas condições de trabalho da HEG neste ano, mas não achou irregularidades.
"Dado o comunicado do grupo, iremos realizar outra pesquisa de campo o mais cedo possível para garantir que nossas inspeções anteriores foram baseadas em informações completas e tomar as medidas adequadas para corrigir eventuais problemas que podem surgir", disse a empresa.
     O grupo de fiscalização do trabalho da China, no entanto, disse que os auditores da Samsung, que são da Intertek, têm sido conhecidos por aceitar subornos em alguns casos, permitindo que as empresas investigadas passem em sua auditoria. A companhia não pôde ser imediatamente contatada para comentar o assunto.
     Além disso, o grupo constatou que os funcionários da HEG trabalham 11 horas por dia, durante 6 dias da semana. Os trabalhadores são multados quando encontram defeitos em produtos, ao invés de recompensados. A administração também os atinge fisicamente ou os obriga a repousar durante um dia inteiro como castigo, de acordo com eles.
"É nossa exigência que as empresas de marcas relevantes e fábricas compensem esses trabalhadores infantis e os ajudem a voltar à escola e continuar sua educação", acrescentou o grupo de fiscalização.
Fonte: IDG Now Uol

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