Responsável por 97% dos casos de câncer de colo de útero, o HPV (Papiloma Vírus Humano) ainda é pouco conhecido pelas mulheres. De caráter silencioso e sem chance de cura, ele se instala no organismo rapidamente e raramente apresenta sintomas. De acordo com a ginecologista e obstetra Poliani Prizmic, do Hospital e Maternidade São Luiz, o contágio acontece facilmente e não há como identificar sua presença no organismo.
— A disseminação do vírus pode ocorrer durante o ato sexual, incluindo preliminares e sexo oral, ou, mais raramente, pelo contato com roupas e toalhas contaminadas — conta.
A troca frequente de parceiros também propicia a disseminação do vírus. O HPV varia entre mais de 150 tipos de vírus e pode provocar corrimentos, aparecimento de verrugas ou lesões genitais de alto risco, levando à formação de tumores malignos.
— Ele causa alterações na estrutura genética da célula do colo do útero e da vulva, transformando-a em uma célula potencialmente maligna.
Ele também afeta os homens, porém apenas uma minoria. A ginecologista explica que isso ocorre porque mulheres com idade entre 16 e 30 anos estão mais vulneráveis à infecção por apresentarem variações do ciclo hormonal e da imunidade, o que não acontece com os homens.
Para garantir a saúde e o bem-estar feminino, é imprescindível passar por um ginecologista anualmente para a realização de exames que apontam a existência do HPV. O diagnóstico é feito por meio de procedimentos como a colposcopia, vulvoscopia, papanicolau ou, no caso do homem, peniscopia.
Apesar de perigoso, o HPV pode ser evitado com vacina, que pode ser aplicada após os nove anos de idade e também é eficaz para os homens. Adotar relacionamentos estáveis e usar preservativos, principalmente o feminino, que garante uma proteção maior da área genital, também são atitudes importantes para prevenir a doença.
Fonte: A Notícia
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