Os cerca de 140 policiais rodoviários federais ativos e inativos do Rio Grande do Sul decretaram a primeira greve dos 84 anos de existência da corporação responsável pelo policiamento das estradas federais do país.
Com a decretação da greve, policiais rodoviários ouvidos por ZH indicam que o maior prejuízo ocorrerá em casos de acidentes sem vítimas.
— Os acidentes sem vítimas não serão atendidos pela PRF. Na prática, os envolvidos terão, por exemplo, de providenciar eles mesmos o guincho para a remoção dos veículos. Isso com certeza deixará o trânsito lento durante algumas horas no local do acidente. Além disso, terão de registrar pessoalmente a ocorrência na Polícia Civil — explica um policial rodoviário que participa da assembléia, mas não quis se identificar.
A categoria decidiu pela paralisação durante assembleia que se realizada desde as 13h no Serviço Nacional do Transporte, no bairro Humaitá, em Porto Alegre. Outra possibilidade era a deflagração de uma operação padrão em todo o Estado.
Ainda não foi confirmado se a paralisação será iniciada imediamente. Pela legislação, a greve em categorias essenciais, como as polícias, deve ser comunicada com pelo menos 72 horas de antecipação. Também é necessário manter um efetivo mínimo trabalhando.
Outras assembleias dos policiais rodoviários estão sendo realizadas hoje em todo o país. Pela manhã, a PRF do Rio Grande do Norte já havia decretado greve. A categoria quer aumento salarial que reponha "perdas" que teriam se acumulado nos últimos anos.
Com a decretação da greve, a PRF gaúcha adereção à mobilização de outras categorias do funcionalismo federal.
Fonte: Diário Gaúcho
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