O cineasta alemão Kurt Maetzig, que foi proibido pelos nazistas de fazer filmes e posteriormente ajudou a fundar a produtora estatal de cinema da Alemanha Oriental, morreu nesta quarta-feira (8), aos 101 anos, segundo relato de um ex-colega dele à Reuters.
Nascido em Berlim, Maetzig ficou conhecido pelo drama "Ehe im Schatten" ("Casamento nas sombras"), sobre um casal que foge da Alemanha nazista na década de 1940. Lançado em 1947, foi visto por 12 milhões de espectadores.
Durante o período nazista, Maetiz havia sido proibido de filmar por ser filho de uma judia. "Ele foi uma figura chave na história do cinema", disse Dorett Molitor, do Museu do Cinema de Potsdam, que foi informada da morte pela família de Maetzig. "É uma grande perda. Organizamos eventos e exposições juntos no Museu do Cinema nos últimos anos."
Ambivalente com relação ao regime comunista, Maetzig dirigiu vários filmes de propaganda para o governo alemão-oriental, que foram produzidos pela produtora estatal Defa.
Mas seu "Das Kaninchen Bin Ich" ("O coelhinho sou eu") foi proibido em 1965, por ser considerado desleal ao Partido Comunista. Sua estreia ocorreria 25 anos depois, no Festival de Berlim, um ano depois da queda do muro de Berlim, que ocorreu em 1989.
Maetzig também se tornou em 1954 presidente da Academia Alemã de Cinema, em Potsdam-Babelsberg, onde lecionou Direção de Cena por dez anos.
O cineasta vivia na pequena localidade de Wildkuhl, no Estado de Mecklenburgo-Pomerânia Ocidental, na ex-Alemanha Oriental. Ele foi casado quatro vezes, e teve três filhos.
Fonte: G1 Pop/Arte
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