O caso do caixão de bebê sepultado com tijolo, lençol e serragem surpreendeu a comunidade de Garibaldi, na Serra gaúcha. Enquanto a Delegacia de Polícia da cidade investiga o falso enterro, a sócia-proprietária da Funerária Nossa Senhora do Carmo, Gabriela Bonadiman, contratada para realizar a cerimônia, disse que uma mulher encomendou o serviço para seu filho de cinco meses.
De acordo com a empresária, a mulher disse que o corpo da criança chegaria em 27 de julho, o que não ocorreu. Questionada sobre a demora, a contratante revelou que o cadáver não seria mais enterrado em Garibaldi, mas em Porto Alegre, e insistiu que queria o sepultamento simbólico em função do estado emocional do sogro. “Só sei que a gente caiu na conversa. Ela fez um teatro enorme”, disse Gabriela.
A empresária garante ter conseguido a autorização da direção do cemitério administrado pela prefeitura para fazer o sepultamento simulado, mas admite que não há documento confirmando essa versão. Na tarde de quarta-feira, agentes da Polícia Civil foram até o cemitério municipal e abriram o caixão para comprovar que não havia corpo.
Segundo o delegado Clóvis Rodrigues de Souza, ainda é um mistério o motivo que levou a suposta mãe a promover a encenação. A existência e a morte da criança também são investigadas. A mulher será chamada para prestar depoimento. A polícia suspeita que ela tenha inventado a gravidez para pressionar o companheiro. Depois, para desfazer a história, forjou a morte da criança.
Fonte: Correio do Povo
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