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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Bebê tem braço amputado após erro clínico em hospital de SP

     Por um erro no atendimento de emergência no Pronto Socorro da Vila Industrial, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, um bebê de 40 dias teve o braço amputado na manhã desta quinta-feira. Uma enfermeira teria aplicado medicação na artéria, provocando uma necrose. A família pede justiça e ajuda psicológica.
     Segundo a tia do bebê e auxiliar de enfermagem, Miriam de Barros, na manhã de domingo a criança estava passando mal, com arritmia cardíaca e palidez, e precisou ser levada ao pronto socorro. A mãe, uma adolescente de 17 anos que não quis se identificar, fez a entrada do filho no atendimento infantil. Durante o atendimento uma enfermeira teria aplicado o medicamento na artéria, quando deveria aplicá-lo na veia, o que teria provocado uma parada cardíaca na criança. Às pressas, o bebê teria sido levado para a UTI. "Vimos a mãozinha dele toda roxinha", comentou Joana Maria de Souza, amiga da família.
     Na tarde de segunda-feira, a família foi informada de que o bebê perderia a mão por conta de uma necrose (processo de morte das células, quando o sangue para de circular). Na quarta-feira, o quadro clínico, informado pelo hospital aos familiares, piorou e a mãe e a avó precisaram assinar um documento autorizando a amputação do braço direito da criança. De acordo com a tia do bebê, antes da cirurgia para amputação ela chegou a conversar com uma médica que teria confirmado que "foi a aplicação errada de medicamento, o que teria gangrenado (falta de oxigênio na corrente sanguínea)".
     O hospital, gerenciado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) desde 2006 e vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, é a maior unidade hospitalar do município e "reconhecido como Hospital Amigo da Criança", de acordo com o site da instituição. O órgão municipal confirmou a ocorrência e uma sindicância interna deve apurar o caso. Um boletim de ocorrência também foi registrado pela família e a Polícia Civil deve abrir inquérito. Profissionais envolvidos no atendimento ao bebê e familiares serão ouvidos nos próximos dias. "Que faça alguma coisa pela criança. Se sair daqui ele será um homem sem braço. Um convênio, uma prótese, uma ajuda psicológica, pois até agora não fizeram nada", diz a tia. Ainda segundo os familiares, o quadro clínico do bebê é grave, porém estável.

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