A enfermeira Márcia Calixto Carnetti, 39 anos, cujo corpo foi encontrado na quinta-feira pela manhã em uma casa na zona sul de Porto Alegre, era ameaçada havia meses pelo marido, o bioquímico Ênio Luiz Carnetti, segundo o delegado Cléber dos Santos Lima, da 1ª Delegacia de Homicídios.
Na tarde desta sexta-feira, o delegado ouviu a empregada da família e colegas de trabalho de Márcia.
— Todas referem que sabiam da relação tormentosa da vítima com o suspeito. A Márcia inclusive referiu para colegas de trabalho que se ela fosse para o céu, o culpado seria o Ênio, porque ele já tinha ameaçado ela. O depoimento da empregada corrobora esse fato — afirma Lima.
Segundo o delegado, Márcia não prestou queixa na polícia, embora tenha sido orientada por colegas a fazê-lo, porque acreditava que o marido seria incapaz de concretizar a ameaça.
— Nos últimos meses, últimas semanas, a coisa se tornou mais acintosa, porque decerto ele começou a desconfiar mais da traição dela.
O próximo passo da investigação é ouvir Ênio Luiz Carnetti, que está internado no Hospital de Pronto Socorro. O delegado aguarda os laudos periciais e a alta de Ênio do Hospital de Pronto Socorro, para que ele possa ser ouvido. Assim que tiver alta, Carnetti será levado ao Presídio Central. A prisão preventiva do suspeito foi decretada ontem, quando ele foi autuado em flagrante por duplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil (ciúmes) e também por não haver chance de defesa da vítima.
O caso
Na quinta-feira de manhã, os corpos de Márcia e de seu filho, Matheus, foram encontrados mortos a facadas na casa da família na Zona Sul. A polícia tem como principal suspeito o pai, Ênio Luiz Carnetti, 46 anos. Ele está internado no HPS de Porto Alegre, sob guarda policial. Ênio, bioquímico do Estado, tentou se suicidar, jogando-se de um ponte na quarta-feira.
Fonte: Diário Gaúcho
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