Segundo a Organização Mundial da Saúde todos os anos 30% da população fica gripada. Grande parte desta parcela não costuma levar a sério doenças respiratórias. Mas em Santa Catarina são elas que matam um média de 1,4 mil pessoas por ano. No Estado, os casos acontecem com mais frequência de maio a setembro, e a Gripe A é só mais uma das vilãs.
Para ficar longe dela e todos os outros tipos de gripes o melhor remédio é a prevenção associada à vacina. Mudanças simples de hábitos que podem reverter um quatro alarmante no Estado. De 2006 a 2011, o número de pessoas que morreu por algum tipo de doença respiratória aumentou 66%.
A partir de 2009, com o desembarque do vírus H1N1 em Santa Catarina, não foram apenas os velhinhos e as crianças que passaram a adquirir doenças respiratórias graves. A grande diferença da Gripe A para as demais gripes é justamente esta. Ela passou a atingir adultos jovens. Em 2006, 84 pessoas com idades entre 30 e 49 anos morreram em decorrência de uma Influenza. Em 2009, este número quase dobrou passando para 162. Em quase 100% dos casos os sintomas iniciais foram os mesmos: tosse, febre e dificuldade para respirar.
E é cientificamente muito difícil de saber a hora certa de ir ao médico, mas segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) a automedicação sempre deve ser evitada para não mascarar os sintomas. Se a febre for muito alta, acima de 38°C, ou se se tratar de alguém com fatores de risco, como doenças respiratórias crônicas, o ideal é seguir para um posto de saúde.
Veja como não é só a gripe A que é a vilã
Os casos de gripes e resfriados
606 - outros vírus
365 - H1N1
64 - outros tipos de gripe
As mortes
39 - outros vírus
33 - H1N1
4 - outras gripes
* dados atualizados até o dia 20 de junho
A força do H1N1
De 100% dos casos, em 9% deles o vírus leva à morte
A força da gripe comum
De 100% dos casos, em 8% deles o vírus leva à morte
O H1N1 e o clima
Neste ano mais da metade de todos os casos de Gripe A registrados no país são de Santa Catarina. De janeiro a junho 635 pessoas foram infectadas pelo H1N1 no Brasil, 57,4% em solo catarinense. Na região Sul, os 365 casos confirmados em SC é seis vezes maior que o contabilizado no Rio Grande do Sul e no Paraná, Estados que juntos registram 10 mortes.
A explicação está no clima: os ambientes frios e úmidos são os preferidos do vírus. Segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica, Fabio Gaudenzi de Faria, o H1N1 tem mais tempo de vida em Santa Catarina, ou seja, em localidades com clima frio e úmido. No clima catarinense, e em ambientes fechados, o vírus pode viver de 30 minutos a duas horas ou mais, o que aumenta a possibilidade da população ser atingida.
Fonte: Diário Catarinense
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