A interdição do Beira-Rio para jogos do Brasileirão começa a preocupar Dorival Júnior. Técnico do Atlético-MG durante boa parte do ano passado, ele teme que o Inter sofra os mesmos prejuízos de ter que atuar em outros estádios, mesmo como mandante.
Sem o Mineirão e sem o Independência, os dois estádios de Belo Horizonte em reformas, Atlético-MG e Cruzeiro passaram a ter casas itinerantes, como a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o Ipantingão, em Ipatinga, e o Parque do Sabiá, em Uberlândia. Resultado? O Atlético-MG escapou do rebaixamento nas últimas rodadas. O Cruzeiro abandonou a zona de rebaixamento somente na última rodada do campeonato.
Por isso, o treinador colorado fez um libelo para o Beira-Rio:
— Joguei um campeonato inteiro fora de Belo Horizonte e tivemos um prejuízo inimaginável. Precisamos seguir em nosso campo. Que as pessoas não nos tirem a chance de ganharmos o Brasileirão, é um pedido que faço ao Ministério Público. A participação do torcedor será essencial, com manifestações ordeiras, decentes.
Um dos principais jogadores do Cruzeiro na temporada passada, o meia Roger chegou a comentar que, devido às viagens para jogar, mesmo as próximas de Belo Horizonte, dava a sensação que o time sempre era o visitante. Os tropeços não ocorrem apenas no Brasileirão.
Na Copa do Brasil, o Atlético-MG não teve forças para reverter um 2 a 1, em São Paulo, para o Grêmio Prudente. Empatou em 0 a 0 na Arena do jacaré e caiu na segunda fase do torneio. Já o Cruzeiro, depois de fazer a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores, foi eliminado nas oitavas, após derrota de 2 a 0 para o Once caldas, também na Arena do Jacaré.
O caixa dos dois mineiros também sentiu os efeitos de sair de Belo Horizonte para jogar. O Cruzeiro perdeu cerca de R$ 30 milhões com a mudança de "casa". Já o Atlético-MG, amargou R$ 36 milhões de prejuízo e viu as suas receitas ordinárias crescerem bem menos que em 2010 — quando deveria ocorrer o contrário.
Fonte: ZH
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