Era uma menina o bebê encontrado morto dentro de um ônibus da empresa Santo Anjo. O ônibus partiu de Porto Alegre/RS às 23h59min de sábado, dia 23 e chegou antes das 6h deste domingo, dia 24, em Florianópolis.
Depois do desembarque dos passageiros no Terminal Rita Maria, Centro da Capital, o veículo foi levado até a garagem da empresa, no Bairro Capoeiras, na parte continental da cidade.
Por volta das 6h30min, um dos mecânicos teria ido verificar uma poltrona quebrada no ônibus quando encontrou o corpo embrulhado em um pano branco, sujo de sangue.
- Ele pensou que era um monte de papel. Quando viu que era um bebê ficou chocado e foi embora - contou um funcionário da Santo Anjo, que preferiu não se identificar.
Havia sangue nas poltronas 5 e 6, e no chão em frente dos assentos, local onde estava o bebê. O nome da passageira que ocupava essas poltronas foi identificado pela polícia com base na lista oferecida pela empresa e consta do boletim de ocorrência (BO).
Equipes da PM, da Delegacia de Homicídios e do Instituto Geral de Perícias atenderam a ocorrência. No BO consta que "o bebê a princípio nasceu durante a viagem", mas não há nenhuma informação oficial que confirme esta versão.
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o corpo estava com 48 centímetros de comprimento e pesava dois quilos, setecentas e cinquenta e três gramas. O bebê estava com aparência normal, boa formação, cabelos e foi encontrado com cordão umbilical e placenta. E não apresentava lesões.
Laudos complementares estarão prontos em até 40 dias e devem apontar a causa da morte. Até às 18h deste domingo, dia 24, nenhum familiar da criança havia identificado o corpo, que ficará no IML aguardando liberação.
A Delegacia de Homicídios vai aguardar o laudo do IML para assumir ou não o caso. Se a menina morreu por morte natural, a mãe poderá ser indiciada por abandono de corpo.
Caso a mulher tenha dado à luz e na sequência matado a criança, poderá responder por infanticídio. Nesta situação, há possibilidade de ser enquadrada na semi-imputabilidade por ter se encontrado em estado puerperal, período pós-parto ocorrido entre a expulsão da placenta e a volta do organismo da mãe para o estado anterior a gravidez.
Mulheres neste estado podem apresentar depressão, não aceitando a criança e, às vezes, podem ficar em crise psicótica, violenta e até matar a criança.
Os passageiros deverão ser interrogados pela polícia nos próximos dias para esclarecer o que afinal aconteceu dentro do ônibus.
Fonte: ZH
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