Um protesto sem faixas nem cartazes, mas que teve resultado positivo. Professores e alunos da Escola Estadual Raulino Horn, no Centro, usaram o Facebook como ferramenta de mobilização para impedir o corte de um pau-brasil, que seria derrubado para a construção de um estacionamento de vans. O envolvimento da comunidade foi tamanho que a prefeitura acabou desistindo de remover a árvore.
Professora na escola e bióloga, Aline Naíssa Dada diz que pensou em usar a rede social por ser um meio rápido e sem custo para divulgar a causa:
_ A maioria não queria que a árvore fosse cortada, mas o poder público estava irredutível quanto a isso. Como estudei nesta escola e sei o significado dela (da árvore) para nós, resolvi usar o que tinha em mãos.
A publicação na internet causou um efeito cascata: de quarta-feira, quando a professora publicou a notícia, até sexta à tarde, o post havia sido compartilhado por pelo menos 1.280 pessoas. Ainda na quinta-feira, o município comunicou à escola que a árvore não seria mais cortada.
A diretora de Planejamento Urbano da prefeitura, Patrícia Nickhorn e Silva, confirma que o município, em função da polêmica, desistiu de fazer o corte. Porém, ela explica que o pedido de retirada da árvore partiu da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), uma vez que a escola é estadual. O pátio serviria para o estacionamento de vans, pois hoje os veículos não conseguem estacionar em frente à escola.
Patrícia reforça também que não havia impedimento legal para o corte da árvore:
_ Apesar de ser amparada por lei, o pau-brasil que está na escola é considerado árvore exótica. As árvores nativas estão entre o Rio de Janeiro até o extremo Nordeste. Por isso, poderíamos cortar, mas não faremos.
A árvore em frente à escola tem aproximadamente 70 anos e foi plantada por alunos da unidade de ensino.
Fonte: Diário Catarinense
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