O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou nesta sexta-feira que não há risco de epidemia de gripe A no Brasil, nem mesmo na região Sul do país, onde a doença já matou 123 pessoas em 2012. Somente no Rio Grande do Sul, o número de óbitos é de 38, conforme o último balanço da Secretaria Estadual da Saude (SES). O ministro descartou a possibilidade de ampliar a vacinação contra o vírus H1N1.
Padilha destacou que a principal orientação é que o antiviral Tamiflu seja receitado aos pacientes assim que surgirem os primeiros sintomas da doença. “Neste momento, eu diria que ele é até mais importante que a vacina, porque ela demora de 10 a 15 dias para garantir a proteção de imunidade à pessoa. Quando começa a aumentar o número de casos, o mais importante é a orientação correta aos profissionais de saúde do uso do Tamiflu de forma precoce, especialmente nas primeiras 36 horas”, disse o ministro, após participar do anúncio de liberação de verbas para o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Segundo Padilha, a situação atual é muito diferente da pandemia de 2009, quando mais de 2 mil pessoas morreram por causa da gripe A. “O que existe hoje é uma maior circulação do vírus e uma maior detecção também, já que aumentamos de 30 para 120 os pontos de coleta da amostra para diagnóstico do vírus”, avaliou. Dados do ministério da Saúde apontam, até o último dia 12, 159 mortes em todo o país causadas pelo vírus H1N1.
O ministro da Saúde alertou que não há dispensa da receita médica para o Tamiflu. “Ele (o remédio) tem que ser receitado pelo médico e o controle é feito pela prescrição. O que nós estamos fazendo é garantir um estoque suficiente na rede pública e orientando que o medicamento seja distribuído em todas as unidades, ficando próximo (acesso) à população. Desde maio, existe Tamiflu suficiente no Sistema Único de Saúde (SUS)”, garantiu o ministro.
Fonte: Correio do Povo
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